14/12/14

Dos sofisticados offshores às caixas de esmolas da igreja lá do bairro

Primeiro eram os milhões em offshores resultantes de sofisticadas operações bancárias via UBS na Suiça. Batia "certo" com a descrição que alguns andaram a fazer do personagem.
 Enquanto se esperavam informações do UBS "descobriram" que afinal os milhões circulavam em pastas levadas, por um motorista, de Lisboa para Paris.
Passados uns dias já eram envelopes cheios de dinheiro que afinal circulavam só em Portugal.
Agora, desde este fim de semana, é dinheiro que pedia emprestado a um amigo e que os bufos do Ministério Público e/ou da PJ fazem constar seriam levantados em caixas de Multibanco. E como souberam isso? Por escutas telefónicas cruzadas com as horas dos levantamentos. Que sofisticação!
No entretanto esse mesmos jornais (??!!), que servem de porta vozes à acusação, vão fazendo constar que vai ser muito difícil provar a origem do dinheiro mas que é convicção do Ministério Público que o dinheiro era de José Sócrates.
Gosto de quem tem convicções, mas quando se trata de polícias desconfio porque a história já nos mostrou que depois andam à procura das provas que confirmem as convicções.
E caso não as encontrem o "objectivo" é sempre conseguido: o cidadão será condenado aos olhos da opinião pública, além de terem lançado uma série de suspeitas que poderão alimentar as "acusações" durante anos a fio mesmo que o tribunal não condene o cidadão. Onde é que eu já vi isto?
Assim anda a construção da acusação na praça pública com fugas venda de informação aos jornais.
Possivelmente para a semana saberemos que o arguido afinal ia buscar o dinheiro às caixas de esmolas da igreja lá do bairro.

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